Não abandone sua ideia
Abandone a obra, mas não abandone a ideia.
Abandone a obra, mas não abandone a ideia.
Você teve a ideia. Começou a colocar no papel. É divertido e empolgante enquanto vai escrevendo. Quando está quase na metade, resolver dar uma lida no material que produziu, desde o começo. E está uma merda. Sem forçar a barra, sendo bondoso consigo, dando todos os descontos: está uma merda.
Acho que Clarisse Lispector disse uma vez (não encontrei a entrevista) mais ou menos o seguinte: enquanto escrevia parecia ótimo, mas quando revisava, tinha a impressão de que estava futucando cocô. Mais ou menos isso ela disse.
Não é o fim do mundo. Quando a conclusão for que o texto não está legal, e que mesmo mexendo e remexendo você se sente pilotando um fusca em um baita atoleiro, recomece. Salve sua ideia, que você acredita. Invista nela mesmo que tenha que jogar fora o que foi feito.
Cuidado: também para apagar, é necessário critério. Se você vai recomeçar por causa do atoleiro, pode ser que um dos parágrafos seja exatamente o que você queria, mas ele ficou embolado no meio daquilo que não está bom. Pode ser que esse parágrafo seja o ponto de partida para você chegar onde queria.
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